O grupo de teatro Vozes da Coxia foi criado para trabalhar o teatro em uma linguagem simples porém tocante ao publico alvo. Foram meses na escolha do texto, meses de pesquisas em livros, bibliotecas, internet, acervos culturais... Foi quando nós da produção, encontramos o texto de “Todas as vezes que eu te amei” no Blog do autor Marcos Galinari. Imediatamente fomos tomados por uma paixão pelo texto escrito. O que nos chamou atenção foi a linguagem que o autor usou para abordar conflitos proveniente de várias situações existentes nas maiorias dos casais. A produção não buscou comédia ou apenas “fazer pessoas sorrirem”, mas nossa maior preocupação foi em fazer com que o público se identifique com os personagens e que todos ao saírem do teatro, levassem consigo um pensamento crítico de sua vida, fazendo com que o publico faça uma reflexão sobre si próprio em suas relações, seja ela amorosas ou profissionais. Com a autorização do autor nas mãos, colocamos em prática os ensaios na pessoa da diretora Ítala Caminha. Foram meses de trabalho e dedicação para a montagem da peça. As marcações serviram para dar mais “ousadia” à fala dos personagens. A direção propôs naturalidade na interpretação, fazendo com que em apenas poucos ensaios, os atores pudessem “brincar” com o texto. Cada frase, cada gesto, cada mudança de espírito dos personagens foram trabalhados cuidadosamente através de dinâmicas e exercícios de corpo e voz a fim de adquirir a excelência na interpretação de cada um dos atores. Da mesma forma foi elaborado o cenário (Uma sala de estar), a produção juntamente com o autor decidiu fazer algo simples e completo ao mesmo tempo, levar ao público que tais situações e conflitos abordados todas as pessoas estão sujeitas a enfrentar esses tipos de situações independentes da classe social. A iluminação fluorescente deu a platéia um tom mais caseiro, proporcional ao texto e ao cenário, com poucos focos (apenas em algumas situações específicas), a maior parte do tempo prevaleceu a luz geral. A sonoplastia também não foi diferente, envolvemos trechos disponíveis em vários sites de domínio aberto utilizado pelo publico moderno e trechos de músicas que fizeram parte da adolescência de vários avôs e avós. A indumentária foi elaborada para passar um pouco do personagem a platéia sem ser necessária a apresentação dos mesmos. Só em ver os personagens no palco, o público pode perceber a personalidade de cada um. Todo o espetáculo, a criação de sua montagem foi desenvolvida minuciosamente para que em cada gargalhada as pessoas levassem algo de bom para dentro de si e que não saíssem vazio, que se identificassem com os personagens. Fizemos com que cada parte do processo de montagem interagisse entre si, marcação com cenário, cenário com figurino, figurino com maquiagem, maquiagem com personagens, personagens com o texto, texto com luz, luz com o som, e tudo com a platéia! Foi assim que a produção fechou os ensaios respeitando sempre o calendário de execução criado para que nada saísse do lugar e enfim abrimos as portas para o nosso alvo: A platéia.
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